A capital puxou
a alta dos assassinatos no Estado de São Paulo no primeiro trimestre. O total
de homicídios cresceu 18,2% na cidade em relação ao mesmo período do ano
passado. É o oitavo mês seguido de crescimento em São Paulo, desde que se
intensificou a crise envolvendo policiais militares e integrantes do Primeiro
Comando da Capital (PCC), no segundo semestre do ano passado.
No Estado, o
aumento de assassinatos foi de 10,22% no período. A Grande São Paulo teve alta
de 15,4%.
Entre as cinco
regiões da capital, o centro liderou a alta. O crescimento no trimestre
alcançou 78,6%, passando de 14 para 25 casos. Em março, um desses crimes, no
Brás, resultou na prisão de oito PMs, suspeitos de assassinarem dois jovens, um
deles com 14 anos. Dois executores foram flagrados por câmeras de vigilância
quando efetuavam os disparos.
Em termos
absolutos, a zona sul continua sendo a área mais sangrenta da capital, com 112
casos no trimestre. A região tem os quatro distritos com mais homicídios: Capão
Redondo (14 casos), Parelheiros (12), Campo Limpo (12) e Parque Santo Antônio
(12).
No Campo Limpo,
em janeiro, uma chacina com sete vítimas levou à prisão cinco PMs. Eles foram
apontados como suspeitos de praticar o crime em represália a filmagens feitas
por moradores do bairro que mostrou policiais matando um morador do bairro. No
primeiro trimestre, o número de assassinatos na zona sul aumentou 10%.
Em outro
extremo, dos 93 distritos policiais da capital, 14 não tiveram assassinatos nos
três primeiros meses do ano. No ano passado haviam sido 17.
Roubos. No
período em que a Prefeitura de São Paulo flexibilizou a Operação Delegada,
retirando homens do centro e distribuindo o efetivo para as áreas mais
distantes, a região central também liderou a piora nas taxas de roubos na
capital. Aconteceram no trimestre 3.970 roubos, 23,3% a mais que no ano
passado. O distrito que mais aumentou o total de roubos foi a Consolação, com
534 ocorrências, 76% a mais do que no primeiro trimestre do ano passado.
Entre os 93
distritos da capital, nove tiveram mais de 800 roubos. Dois ficam no centro
expandido: Santa Ifigênia (818) e Sé (803). Os demais ficam na periferia. Capão
Redondo, na zona sul, além de liderar o ranking dos assassinatos, foi o
distrito com maior quantidade de roubos, alcançando 1.070 ocorrências - 20% a
mais que no ano passado.
Fonte: O Estado de S. Paulo – Metrópole
Bruno Paes Manso
Daniel Trielli
http://www.aasp.org.br/aasp/imprensa/clipping/cli_noticia.asp?idnot=14283
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