Dos 75 municípios do Estado de São Paulo com mais de 100 mil habitantes,
37 têm taxas de homicídio consideradas epidêmicas de acordo com o critério da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Fazem parte do grupo as cidades onde
ocorreram mais de dez assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes. No
ano passado a lista tinha dez cidades a menos. Dez municípios deixaram a
situação "epidêmica" e 20
entraram na lista neste ano.
Em média, o Estado teve alta de 15,1% no número de homicídios entre o
primeiro bimestre de 2012 e de 2013. Foram 684 casos em janeiro e fevereiro do
ano passado contra 787 neste ano.
Dezesseis municípios da Grande São Paulo estão na lista, ao lado de cidades
do interior como Campinas, Bauru, Araçatuba e São José do Rio Preto. O maior
índice foi registrado em Jacareí, no Vale do Paraíba: 40,4 homicídios por 100
mil habitantes. Para o secretário de Comunicação da cidade, Paulo Bicarato, a
falta de policiais e problemas sociais contribuem para o crime chegar a níveis
altos. Ele diz que a prefeitura incentiva programas sociais para jovens para
tentar reverter esse quadro.
Em segundo lugar ficou Rio Claro (34,9), que no ano passado não estava
nem na lista de municípios com "taxa
epidêmica" (leia mais ao lado). Itapevi, na Grande São Paulo, teve o
terceiro número mais alto (34,7).
Outros municípios que registraram índices altos também culparam a falta
de policiais. As prefeituras de Ferraz de Vasconcelos, Franco da Rocha, Embu
das Artes e Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, informaram que tomam medidas
para tentar reduzir a criminalidade.
O aumento no número de homicídios pode estar relacionado a várias
causas, segundo o especialista em segurança pública e privada Jorge Lordello. "Bolsões de pobreza, o acesso dos
jovens a drogas e álcool cada vez mais cedo e a falta de investigação e punição
contribuem para os homicídios subirem."
Procurada na terça-feira, a PM não se manifestou até a meia-noite de
ontem. Levando em consideração dados de 2012, o Estado tem a menor taxa de
homicídios do País: 11,5 assassinatos para 100 mil habitantes. Em Santa
Catarina, a média é 11,8, em Minas, 18,8, e no Rio é 24,5.
Fonte: O Estado de S.
Paulo – Metrópole
DANIEL
TRIELLI, TIAGO DANTAS
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