O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem que pretende zerar a
quantidade de presos em cadeias públicas e distritos policiais no Estado de São
Paulo até agosto deste ano.
De acordo com o governador, o plano do Estado é tirar todos os 3.300
prisioneiros homens que estão hoje em cadeias ou distritos policiais.
No ano que vem, afirmou o governador, será a vez das 1.400 detentas
mulheres serem retiradas dos distritos e cadeias públicas.
Para Alckmin, a medida permitirá à Polícia Civil melhorar o trabalho de
polícia investigativa e judiciária.
Todos os presos que devem ser transferidos estão hoje no interior ou na Grande São Paulo. Na capital paulista, Alckmin desativou as carceragens em 2005.
Todos os presos que devem ser transferidos estão hoje no interior ou na Grande São Paulo. Na capital paulista, Alckmin desativou as carceragens em 2005.
A intenção do governo estadual é levar essas pessoas para CDPs (Centros
de Detenção Provisória). Há 3.027 vagas em quatro unidades, duas das quais
foram inauguradas em janeiro deste ano; os demais presos devem ser levados para
outros CDPs espalhados pelo Estado.
De acordo com a assessoria do governador, em 2004, os presos em
delegacias representavam 20% do sistema prisional do Estado; atualmente, presos
nessa situação representam 3% do total.
Hoje, há 198 mil presos no Estado de São Paulo e um deficit de 50 mil
vagas, de acordo com o secretário de Administração Penitenciária, Lourival
Gomes.
Segundo o secretário, o Estado também quer diminuir o deficit para 30
mil vagas até o final deste ano.
Daniela Sollberger Cembranelli, defensora pública-geral do Estado,
elogiou a iniciativa do governo estadual.
De acordo com ela, cadeias públicas e delegacias são lugares inadequados
e precários mesmo para os presos provisórios.
PENAS ALTERNATIVAS
O governador anunciou ainda a entrega, até o final deste ano, de mais 15
unidades para acompanhamento e cumprimento de penas e medidas alternativas.
Há 47 atualmente no Estado, para atender 16 mil pessoas que cometeram
crimes de baixo potencial ofensivo.
De acordo com o governo, a medida é um meio de reduzir a lotação nas
prisões de São Paulo e estimular a adoção de penas alternativas.
Fonte: Folha
de S. Paulo – Cotidiano
http://www.aasp.org.br/aasp/imprensa/clipping/cli_noticia.asp?idnot=13788
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